quinta-feira, janeiro 25, 2007

O nosso Traje

O traje é o que nos identifica como estudantes e por isso mesmo, é para ser usado com a regularidade que o orgulho por ele nos impõe e não como um instrumento de luxo que serve para demarcar qualquer posição. Deve-se ter sempre em mente o seu carácter prático e usá-lo naturalmente sem quaisquer complexos ou tentações seja de que ordem forem.

Devido ao facto de muitos dos elementos do grupo estarem envolvidos em outras actividades académicas , tais como : comissões de praxe e outros grupos académicos , os Invictus Trovadorum resolveram adoptar o traje académico tradicional da Academia do Porto. Sendo este composto por :

  • Batina (que não seja de modelo eclesiástico);
  • Calças pretas de fazenda (lisas);
  • Meias pretas;
  • Camisa branca e lisa com colarinho normal (sem botões) com ou sem punhos;
  • Gravata (ou papillon em caso de cerimonias) preta e lisa;
  • Sapatos pretos lisos sem fivelas (se possível n.º de cordões impares);
  • Colete preto (facultativo desde que no caso de sua ausência a batina esteja abotoada);
  • Capa preta lisa sem abotoaduras;
  • É ainda facultativo o uso de gorro preto feito do mesmo tecido de capa;

Foram também adoptadas as seguintes normas de comportamento :
  • É permitido o uso de relógios de ponteiros simples, não se podem usar luvas, pulseiras e anéis (só de comprometido ou casado).
  • Nunca se pode usar guarda-chuva com o traje, amenos que seja um guarda-chuva académico (12 varas, todo de madeira maciça e com uma ponta de aço);
  • As insígnias e emblemas deverão ser cosidas na parte inferior esquerda no interior da capa a ponto cruz;
  • Quando a capa está a ombros ou traçada os emblemas (bem como as costuras) não podem ser visíveis;
  • A capa pode ainda ser usada dobrada sobre o ombro esquerdo e com a parte do colarinho para dentro;
  • Os rasgões na parte inferior da capa registam momentos significativos na vida de um estudante ( namoradas, cadeiras, amigos, beijos, familiares, etc...);
  • Os rasgões só podem ser feitos com os dentes (nada de tesouras) e só poderão ser cosidos em ponto de cruz com linha preta (os pontos não poderão ser visíveis do lado de fora da capa);
  • A capa deve ter a altura do pescoço um número de dobras correspondente ao ano do curso que frequenta ou ao n.º de anos de permanência no ISEP;
  • Em ocasiões solenes a batina deve estar abotoada. Durante o luto fecham-se as abas da batina e a capa deve ser colocada sobre os ombros sem dobras no pescoço;
  • Depois do anoitecer as insígnias e emblemas não podem ser visíveis devendo as capas serem traçadas;
  • É permitido usar pins devendo estes serem retirados sempre que o traje for usado por motivos que não envolvam o grupo;

Ao contrario do resto da Academia é permitido aos elementos do Grupo traçarem as capas debaixo de telha sempre que por motivo de força maior, tal seja necessário ( por ex. actuações ).

A estrutura Hierárquica actual do Grupo

A estrutura Hierárquica actual do Grupo é constituída por três categorias :

Gambuzinos - Todos os elementos que pretendem entrar para o grupo. Também conhecidos por caloiros. É o nível mais baixo e todos os elementos (com excepção dos fundadores por lá passaram). Todos os Gambuzinos estão sujeitos as mais terríveis e tenebrosas Praxes de que há memória. É a fase de integração no Grupo. Passada esta fase os novos elementos passam a

Pirilampos - Membros que já são parte integrante do Grupo mas que ainda não expandiram todo o seu potencial. Estes elementos ainda não atingiram o nível de maturidade, charme, beleza e encanto que caracterizam qualquer Invictu. Estes novos elementos são constantemente avaliados quanto a sua musicalidade, academismo, COMPANHEIRISMO, e empenho até atingirem um nível que os eleve a

Invictus - Os elementos oficiais do Grupo. Aqueles que tal como Buda (há alguns que até no peso são parecidos) após uma longa jornada conseguiram atingir um estado de "iluminação". Apesar das inúmeras ameaças (algumas de morte) de namorados ciumentos, são cima de tudo um grupo de grandes amigos, que não sendo completamente "duros" de ouvido, tentam aproveitar ao máximo o que a vida tem de bom. Tal como seria de esperar todas as decisões relativas ao futuro do grupo são tomadas de uma forma democrática (que de vez em quando descamba para a violência) sem que haja qualquer distinção entre os elementos. Dentro dos Invictus há aqueles que desempenham os seguintes cargos especiais:

Maggister - Responsável máximo do grupo. Eleito pelos seus pares , devido a sua inata capacidade de liderança, tem a seu cargo a ingrata tarefa de manter o mínimo de organização no Grupo, quer durante os ensaios, quer em actuações. Apesar, de como acima já foi mencionado, o grupo funcionar na base da Democracia, quem manda é ele.

Ensaiador - Elemento abençoado e particularmente dotado de capacidades musicais (o menos surdo de todos) tenta manter a musicalidade do Grupo (reparem na modéstia...) a níveis minimamente aceitáveis. Trabalha arduamente dia e noite de modo a preparar os ensaios de modo a que se possa tirar o máximo proveito possível dos dois ensaios semanais.

Maximum Praxis - O elemento responsável pela Praxe no grupo. De todos é aquele que mais conhecimento tem da tradição praxista da nossa Academia. A sua figura inspira o terror a todos os Gambuzinos e Pirilampos e é o principal culpado pelas inúmeras "baixas" do grupo.

Relações Publicas - Responsável por toda a parte logística do grupo. Sendo o meio de ligação com resto do mundo, é o elemento que da a cara pelo Grupo devendo por isso reflectir todas as qualidades de um Invictu. Particularmente apreciado pelas donzelas Portuenses (e não só.. ) , tem sido incansável no seu dever de arranjar candidatas a serenatas e outras actuações.

Tesoureiro - O homem da massa. O elemento mais "odiado" do grupo. Também conhecido pelos cognomes de Tio Patinhas, Forreta, mão de vaca e Avarento, prima pela honestidade e organização. Sem ele já teríamos aberto falência a muito...

O Reconhecimento Oficial

Tornaram-se oficialmente reconhecidos pela Mui Nobre Academia do Porto em 31 de Maio de 1995, data em que a Tuna Feminina do ISEP, de quem fãs incondicionais, os "amadrinhou ". Mas não foi fácil este reconhecimento. Após longas e duras horas de actividade praxista no ISEP foram Baptizados na monumental e eterna Fonte dos Leões, onde ainda hoje são baptizados todos os novos Invictus.

Ainda em 1995 e juntamente com as suas madrinhas, organizaram o Encontro de Tunas Pelo Coliseu cuja receita reverteu a favor da compra deste emblemático edifício da Cidade do Porto.


No ano de 1996 veio o reconhecimento, por parte do Instituto Politécnico do Porto, dos Invictus Trovadorum como um grupo Académico, passando a usufruir de todas as regalias postas a disposição dos grupos Académicos do IPP (Sala de Ensaio , Estatuto , etc...).

A Ideia

Decorria o ano de 1994 quando um grupo de estudantes do Curso de Geotécnia do Instituto Superior de Engenharia do Porto cheios de espirito Académico e com especial aptidão para a musica descobriram que devido ao facto da assiduidade não ser o seu forte tinham demasiado tempo livre. Como os responsáveis pelo bar do ISEP queriam começar a cobrar aluguer, decidiram que teriam arranjar outra maneira de ocuparem esse tempo de ócio ( para desgosto de todas as donzelas que lá se deslocavam com o intuito de com eles conviver ).

Foi assim que nasceu a ideia de criar um grupo Académico, foi o nascimento dos Jabardus Academicus... Primando pela "qualidade e quantidade" do seu repertório e pelo charme já lendário dos seus elementos, surgiram que nem um furacão no meio Académico. Adorados por umas, odiados por outros ninguém lhes ficava indiferente. Tentando não cair na monotonia dos demais Grupos Académicos, mais propriamente designados por tunas formaram então um Grupo de Serenatas com o principal de fazer renascer uma velha tradição da Academia, que ao longo do tempo se tinha perdido: As serenatas.

Foram inúmeras as noites passadas a enfardar uns bolinhos e umas cervejolas em troca do encanto de uma serenata à moda antiga. Nessa altura o grupo era constituído por onze elementos uma viola, dois bandolins, um acordeon e uma pandeireta. Eram tempos difíceis...

Os Jabardus Academicus duraram cerca de dois meses. Devido ao nome muito agressivo e que não se adequava ao tom suave e armonioso da musica que tocavam não era possível ao Grupo impor-se na Academia.

No dia 30 de Novembro de 1994 , passaram então a chamar-se Invictus Trovadorum, nome que ainda os acompanha e que pretendia homenagear a sempre Mui Nobre, Leal e Invicta Cidade do Porto que os viu nascer, e ao mesmo tempo invocar as tradição lírica dos antigos trovadores.